Na Urbis 6, na Avenida Principal, um comerciante que há mais de quatro anos mantém seu bar funcionando sem problemas com a prefeitura viu sua realidade mudar drasticamente. Desde que abriu uma nova unidade ao lado do comércio de um parente de um vereador influente do bairro, começaram as dificuldades. Primeiro, proibiram a música ao vivo. Agora, no dia 22 de fevereiro, interditaram o bar sem nenhum aviso prévio, deixando oito funcionários desempregados.
O Bar A4 sempre funcionou dentro das regras, com todos os alvarás em dia. No entanto, após sua expansão para um ponto ao lado do comércio da família do vereador, passou a sofrer restrições que outros bares da mesma rua não enfrentam.
O primeiro golpe veio com a proibição da música ao vivo. Cumprindo as ordens, o proprietário retirou os eventos musicais. Mas o curioso é que o bar vizinho, que pertence ao familiar do vereador, continua operando normalmente com som mecânico em volume altíssimo—e nunca foi notificado. Enquanto isso, outros bares na mesma avenida fazem festas com som ao vivo, já tendo sido até tema de reportagens na TV local.
O que explica esse tratamento diferenciado?
No dia 22 de fevereiro, sem qualquer aviso ou notificação prévia, o Bar A4 foi interditado. O dono e os funcionários foram pegos de surpresa. Nenhuma explicação clara foi dada. Apenas fecharam as portas de um estabelecimento que, até então, nunca havia causado problemas para a fiscalização.
Vale lembrar que não é apenas um comércio da família do vereador que opera na mesma rua. Há outros estabelecimentos ligados a ele funcionando normalmente, sem sofrer qualquer tipo de perseguição.
Se há leis para todos, por que elas estão sendo aplicadas seletivamente?
Diante dessa situação, a Prefeitura precisa esclarecer alguns pontos:
Por que o Bar A4 foi interditado sem aviso prévio?
Se há uma regra contra música ao vivo, por que outros bares continuam promovendo festas?
Se há fiscalização para um, por que não há para todos?
Existe influência política nas decisões que impactam os comerciantes da região?
Esse não é apenas um caso de concorrência comercial. Trata-se de um possível abuso de poder, que está destruindo empregos e prejudicando um empresário que sempre atuou dentro da legalidade.
A comunidade exige respostas. A prefeita da cidade precisa se posicionar. Até quando empresários locais serão punidos por simplesmente tentarem crescer?
